segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os Guerreiros têm esse poder em mim...e eu Adoro!

Com uma espera de 6 horas, ansiei pelas novidades vindas de um país, que não sendo o meu de origem, sinto-o como se fosse. Durante a longa espera, um convite vindo do nada fez me sorrir e sentir energia suficiente para querer me "aperaltar" e vestir a rigor.

Há muito vai, a última vez que fui à "Pedreira", ou como dizem outros, ao "Estádio das Constipações". A emoção, assim que cheguei ao recinto, era me familiar. O burburinho vindo dos adeptos, os cachecóis, as bandeiras e o cheiro de relva molhada, conjugado com o frio, que me fez aconchegar o casaco e o cachecol, prometia um bom espectáculo.
Como grande novidade, tínhamos a bancada que nunca tinha experimentado. Poente ou como gostamos de apelidar, a bancada dos riquinhos! Ao estar lá rapidamente me apercebi do porquê de tal nome..sim..facilmente realizei que estar do lado poente, em nada tinha a ver com estar do lado nascente.
Com o apitar inicial, os ânimos ficaram ao rubro, ora com os passes mal conseguidos, ora com uma decisão em nada correcta do juiz, e assim, a sucessão de nomes corteses sobre as sexualidades e traições conjugais, dos visitantes, juízes e mestres surgiram.
As várias expressões caracteríticas e em coro depressa se fizeram ouvir sempre que a jogada não tinha o fim pretendido pelos mestres de bancada.. "ooohhhhh", "aaahhh", acompanhadas dos respectivos cânticos de apoio.

E assim, vejo-me rapidamente transportada para um tempo guardado nas memórias de infância. O recinto em nada é igual.. mais frio, molhado e rústico, património municipal. Os lugares, nunca marcados e de pedra, onde assistia com entusiasmo, pensando que momentos antes ainda me encontrava na escola, da qual me permitiram sair mais cedo, após analise de um pedido escrito do meu pai na caderneta, indicando a consulta médica que teria na última hora de aulas. Sorriu...
Recordo pequenos momentos marcados para sempre no meu ser, desde a claque feminina do Nacional da Madeira (frenética e aguda) até ao conhecimento de palavras que nunca tinha ouvido em contexto nenhum, passando pelas senhoras com a idade da minha avó, mas que em nada o eram quando a equipa não jogava o que elas desejavam. E assim..volto a sorrir!

Sim este ambiente.. É fantástico e eu adoro! Tanto..que me lembro de o transportar para a caloirada, todo o entusiasmo sempre que os guerreiros jogavam. E lá vejo..a Rute aos berros e a torcer por eles! Não há como não sorrir!!

Adoro a sensação que esta paixão desperta em mim.. E neste momento era mesmo o que queria sentir...Assim, por momentos, pude colocar a minha mente aqui neste país, plantado à beira mar e não o colocar onde ela quer estar. O telemóvel deixou de ser prioridade, para dar lugar aos passes, balizas e bola.

Os Guerreiros têm esse poder em mim...e eu Adoro!

1 comentário:

Sandra Rodrigues disse...

A-DO-RO! Saber q te conseguiste distrair. sinto a tua falta. a minha cabeça está aí na terra dos guerreiros. _=_)