segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Viagem pelo Mercador de Veneza...

Num teatro em muito imponente, ergue-se um palco despojado, contrariamente ao que muitos poderiam esperar.

Encontram-se sim, pequenos elementos, que juntos se transformam, tornando todo o ambiente num estranho efeito óptico. Desde o chão em tons preto e branco, às escoras enferrujadas e suspensas, até à parede de fundo que espelha todo o espectáculo e o torna ainda mais envolvente e sensacional.



Fala-se de António, o Mercador... e de Shylock, um Judeu.









Fala-se de um contracto celebrado em que um não pesou claramente as consequências e outro não se certificou do desejado.



Fala-se de um amor que apenas o dinheiro pode concretizar e num cofre de chumbo correctamente seleccionado.









Fala-se ainda de outro amor que apenas a fuga o pode salvar, traindo-se para isso laços familiares não muito apertados.



No meio de drama, onde meio quilo escrupuloso de carne é a sentença inesperada, a comédia surge, pela voz de Lancelote. No final, o Mercador conserva-se e justiça é feita.

Não se pode esquecer a bela selecção de música que nos transporta mais profundamente na peça e nos envolve a cada passagem.




A provar que em Portugal existe óptimo teatro e óptimas encenações... Sem dúvida uma excelente proposta de fim de noite... O Mercador de Veneza!!



1 comentário:

Rute Fernandes disse...

Ahah és a Juéca cuéca... :P

E começaste o blog no dia dos meus anos, foi a minha prenda?
=)

Vou estar atenta a este cantinho, pode ser que desse modo fique mais a par dos acontecimentos, afinal isto tem sido impossível de conciliar. Até tenho vergonha quando penso que se passam meses e não te vejo.

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